sábado, 16 de junho de 2018

O que não é

Determinado de tudo o que queria
E todos os passos andados
Toda a vida perdida
Ele se embalava em lembranças
De como tudo era perfeito.
De todas as tardes de verão sentado na areia
Sonhando sonhos até então impossíveis.
Havia um gosto de aventura
De querer mais
Escondido em seu peito cheio de vida.
Ele era ar
Que se dissipava no primeiro suspiro da manhã gelada de inverno
E seu coração era quente como chama
Era um misto de ficar e partir
Amar e ser livre.
Havia tanto ainda para entender não só do mundo
Mas de si mesmo
Havia tanto para se viver. 
Havia tanto a perder...
E o medo de se achar e se perder
Ele amarrou seus pés na areia gelada
Contemplando mais um por do sol
Com pensamentos soltos do que poderia ter sido

Daquilo que nunca foi...

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