Era assim que ela se sentia sobre tudo o que aconteceu...
Magoá-la parecia parte do cotidiano daquele ao qual ela havia dado tanto de si.
Bolava planos mágicos em sua cabeça, tentando tirá-lo da areia movediça que o consumia enquanto ele simplesmente não se importava.
E ela se importava.
E como se importava...
Talvez o fato de se importar demais tenha sido a parte mais difícil de lidar naquele momento em que esperava que ele fosse enxergar aquilo tudo que existia dentro dela.
As lágrimas rolaram seu rosto em uma mistura amarga de desilusão e decepção.
Pensando onde havia errado para que o melhor de si fosse dado enquanto ele achava que nada havia sido feito até então.
A indiferença que o consumia e as palavras ferozes ditas em um tom alegre sobre a conduta correta que achava que tinha adotado, deixavam-na incrédula dentre tantos arrependimentos.
Mas sabia que ali não era seu lugar.
Na verdade nunca o foi, já que ele nunca havia deixado espaço para que ela se abrigasse entre seus braços.
Sabendo que não havia um lugar para si, faltou-lhe o ar por quase um segundo.
E enquanto amargava a falta de existência que habitou seu corpo tão sem vida, seu coração voltou a pulsar como jamais antes.
Na esperança de dias melhores e de alguém que, quem sabe, um dia, possa reconhecer todo o valor que existe dentro dela e que simplesmente se importe.
Que se importe não consigo mesmo, mas com tudo o que poderiam viver juntos um dia.
Junto ao coração dela que de tanta vida, poderia abrigar o mundo dentro de si...
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