segunda-feira, 30 de novembro de 2015

PASSADO

Eu chorei muito tempo... eu te confesso.
Aos teus braços nunca mais regressarei.
Brincastes de homem forte com as cadelas,
Deixando-me abandonada, fostes com elas.
Ingênuo e tolo estavas sendo violentado,
Com palavras que te fizeram um coitado.
Eras tão bom, tão protetor e tão seguro.
Hoje de ti, sinceramente, nada me orgulho.
Tua alma é pobre, é fétida e mesquinha.
Destas que se vê toda hora a cada esquina.
Mendigas como andarilho por um carinho,
Pois todas elas estão felizes e...  tu sozinho.
Eu te perdoo toda a tua falta de compaixão,
Perdoo até mesmo a tua nefasta ingratidão.
Mas tua face, teu cheiro, tua voz e teu corpo,
Estes, eu junto tudo e eles se vão num sopro.
Sempre fui boa e leal... nunca tive maldade.
E agora da nossa vida...  nem mesmo saudade.

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