Via vultos disformes
Com seu olhar embaçado
Tropeçava em pedras desnudas
Que faziam de seu corpo
Um emaranhado de cicatrizes
Por vezes rastejava sem forças
Perdidas após tantas batalhas
Quando avistava uma mão estendida
Erguia a sua para então sentir
O gélido orvalho de uma noite de inverno
Assustada, dava um passo atrás.
E sucumbia no abismo de si mesma
Não lembrava ter vivido de outra forma
Não conhecia o calor de um amor verdadeiro
Já não acreditava haver outro caminho
Assim seguia em frente
Caminhando, caindo, rastejando
Em direção à escuridão
Que, enfim, traria cura.
Para seus desalentos.
(Escrita por Carmen Mattos)
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