domingo, 16 de novembro de 2014

Porta aberta


Cada qual tinha o próprio caminho a seguir.
Um mundo de possibilidades e novas experiências estava se abrindo rente a seus olhos.
Ela sabia coisas que ele jamais imaginava, percebia aquilo que o rodeava e preferia se afastar a ter que viver com tantos porquês.
Ele não entendia as palavras que ela dizia e acreditava que tudo não passava de uma loucura passageira.
Ela tinha razão!
E na medida das horas, em que a opção de ficar ou partir apertava o seu peito, ela finalmente teria que decidir entre ficar e partir.
Fizeram juras...
Fizeram um trato que ela seguiu à risca.
De nunca mais falar da vida que poderia ser deles.
Ela tinha um gosto amargo de desilusão que enfeitava sua alma vazia e, mesmo sabendo que aquilo era para ser, já não sabia qual era o seu lugar.
Via as coisas que ele fazia, de forma incrédula, pensando em como isso poderia ter acontecido com ela.
Como isso poderia ter acontecido com eles.
O fantasma do presente a assombrava enquanto ele fazia juras, dizendo que tudo não passava de ilusão.
E, cansada de desconfiar, ela passou a questioná-lo e a receber, em troca, palavras vazias, palavras sem nexo.
E assim, com o orgulho ferido e as malas nas mãos, ela abriu a primeira porta e saiu.
Abriu a primeira porta que a levaria para longe dali...

(Escrita por Versos Ditos)

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