Era um desenho de linhas fortes
De traços delicados e coloridos
Apagastes tudo e hoje
Só se vê a marca no papel branco
Os borrões deixados não permitem
Que se veja, quem um dia fora.
Não há mais aquela imagem
Delicada e guerreira da mulher
Que só queria ser feliz
E quando olhas o papel,
Por vezes de causa riso
Por vezes tens vontade de amassa-lo
Mas o deixas ali numa mostra
Vil de tua valentia
Agrada-te saber do teu poder
Agradar-te pensar que podes
Fazer dele o que quiseres.
E na tua prepotência de homem forte
Não percebes que ela vai se redesenhando
Pouco a pouco, com traços firmes.
Não há colorido nesta nova imagem
Mas os tons de cinza vão se espalhando
Formando a sombra do que um dia
Voltará a ser o que fora outrora.
Ficarás espantado, olharás para os lados.
Procurarás onde errastes
Sem perceber, que fora do papel.
Eu enxergava a bolha em que estavas
E enxergava o teu
avesso
Entendia teus pensamentos
Ouvia teus sentimentos
Pois mesmo apagada
Eu era muito mais
Do que acreditavas
E te esquecestes, na tua ousadia.
Que uma guerreira não chora.
(Escrita por Carmen Mattos)
(Escrita por Carmen Mattos)
Boa tarde NATÁLIA.
ResponderExcluirE não chora mesmo, guerreira que é guerreira vai a luta e esquece o que a incomoda e faz disso uma lição.Um belo poema e concordo com o que escreveste, tudo passa e agente tem que encarar como um desafio o que nos acontece, pois aprendemos e ficamos mais forte.
Agradeço por ter compartilhado.
Desejando uma ótima quarta feira
Abraços sempre.
ClaraSol
Obrigada, ClaraSol pelas tuas palavras gentis. É difícil, hoje em dia, escrever quando há tantos analfabetos culturais. Tias palavras são um estímulo para mim.
ResponderExcluirCarmen Mattos
Carlos Risolia Barbosa Barbosa Guerreira não chora e a lança fica sempre apontada para o futuro. O passado já deixou marcas e cicatrizes que hão de ser curadas com o desprezo deste vil passado que nunca a mereceu.
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