Muito tempo se passou desde que pudesse escrever essas poucas linhas.
A conclusão a que cheguei foi que somente o tempo poderia transformar tudo aquilo que tinha em mente e tudo aquilo que tinha a dizer nessas palavras atiradas sobre o papel.
Quando eu percebi que tinha muito a lhe dizer, pedi calma e deixei a água lavar o gosto amargo que recairia sobre aquilo que nem és.
E assim, cansada de tanto pensar, prometi que não lhe julgaria e tampouco atiraria pedras em seu caminho.
Não lhe desejaria o mal.
Não lhe odiaria.
Fiz as pazes comigo mesma e inventei uma canção nova, uma nova forma de dançar essa melodia.
Optei por não brigar enquanto enxergava o futuro em minhas mãos.
Com a simplicidade de sentimentos e de momentos que foram em vão, a magia simplesmente não existe mais.
Percebi, então, que as poucas linhas que tenho agora para escrever sobre você são tão curtas quanto o seu temperamento ruim.
E de tanto pensar no que diria quando esse dia chegasse e quando já estivesse pronta para deletar tudo aquilo que um dia você representou, descobri que jamais houveram verdades.
Mas nunca houve mentiras.
Apenas um espaço em branco que nos unia, como a folha de papel que não consigo preencher para dizer tudo o que penso sobre você agora.
Pelo simples fato de ser vazia de melodia...
Natália Mattos
Nenhum comentário:
Postar um comentário