Ontem eu tive um sonho.
Com borboletas no estômago e uma vontade que não cabia no peito.
Palavras de que tudo daria certo e que poderia andar ao teu lado de olhos vendados conduziam-me neste misto de realidade e ilusão.
Olhando nos teus olhos, enquanto falavas baixinho aquilo tudo que dizias sentir, deixe-me conduzir na melodia que encantava os ouvidos.
Participei do teu mundo e, aos poucos, vi-me devorar nas ironias que se seguiriam.
Na minha ausência, chegava de mansinho e via-te junto àquela que tiraria teu sono, enquanto seguravas minha mão.
Lentamente, assim, tirei as vendas que me amarravam a ti e pude enxergar de novo com meus próprios olhos.
“Tola”, pensei enquanto te cobrava explicações para tudo o que estava acontecendo.
E o ruído do silêncio me deixou sem respostas.
Um ruído tão duro, quanto as pedras que pisei quando estava de olhos vendados, deixando-te me conduzir àquilo que não era mais sonho.
E sim, uma amostra de ti mesmo e de tudo o que não poderias me dar:
A segurança de caminhar junto a ti de olhos vendados, acreditando nas palavras que me conduziam ao abismo que era estar ao teu lado...
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