Eu sempre disse que tinha mil defeitos, na mesma proporção de qualidades. Eu sempre disse que havia aprendido a viver só e que só entraria em meu mundo quem fizesse meu coração parar e saber que valesse a pena.
E assim, de mansinho, chegastes e arrancastes sorrisos, esperanças e brilho nos olhos.
Gostava exatamente daquilo que eras, até que me deparei com uma indiferença que, até então, não sabia que pudesse vir de ti.
Escutei tuas palavras hostis e quietinha, engoli-as como se fossem minhas e te escondi a verdade, com medo de ser mal interpretada, mais uma vez.
Escondi de ti o quanto havia me decepcionado e o quanto tudo parou de fazer sentido, tão de repente.
Tornei a tua indiferença minha e andei nos mesmos velhos conhecidos passos.
Era boa na arte do desapego e, com base nas tuas palavras, deixei-te ir.
Sem perguntas, sem respostas, sem explicações.
Apenas te deixei caminhar rumo ao teu caminho, teu Destino, teu porto seguro.
Deixei-te voar alto para, quem sabe, um dia voltares, apagando todas as palavras que deixastes pelo caminho...
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