quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Indiferença



Cansada...
Esta é a melhor palavra que poderia definir este momento sem vida, em que percebo que meu limite está rente a meus olhos e na palma da minha mão.
Não há nada mais a ser feito.
Os gritos ecoaram no meio da escuridão e no sono tranquilo que jazia sobre meus pensamentos.
Se existia alguma forma de apagar tudo e de limpar toda a mágoa que agora reside em meu peito, talvez não a quisesse.
Talvez seja neste momento que eu perceba tudo aquilo que és e toda a importância dada na razão de segundos.
Sempre ouvi dizer que a vida é feita de escolhas e aprendi a respeitá-las, no momento em que apago toda a ilusão que se criou no meio das expectativas.
Simplesmente apago as memórias vazias e, inclusive, tudo aquilo que me fez mal.
A indiferença começa a tomar forma, como já havia sido feito muitas e muitas vezes no decorrer da vida.
Em um passado nem tão distante.
Eu quis o momento, eu quis tanto, que no meio de tudo o que me rodeia neste momento em que aprendestes a ser indiferente comigo, tropeço no mesmo sentimento que aprendi a nutrir por ti.
Já não há certo e errado.
Já não há escolhas e tampouco caminhos a serem perseguidos juntos.
Lentamente tudo vai ficando turvo e já não posso mais ouvir a tua voz.
E os gritos que ecoavam no meio da escuridão, quase sem querer, afastaram-se de onde meu coração poderia tocar.
Já não te ouço e não te escuto.
Restando no meio da intesidade existente na multidão, palavras ferozes que já não podem me alcançar.
Ou quem sabe a falta delas...

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