Quero abrir
os olhos, ao amanhecer, e te ver antes de tudo.
Aproximar-me
de teu corpo adormecido e tocar teus cabelos.
Arrastar-me
por entre os lençóis que cobrem nossos corpos,
E pé ante
pé, sair do quarto de mansinho para fazer teu café.
Quero ver
teu sorriso, quando de volta beijar tua sonolência.
Meio
preguiçoso, me abraçar e me puxar contra o corpo teu.
Ver-te olhar
o relógio e saber que há tempo para se demorar.
Vou rir
desse teu jeito de menino e embaralhar teus cabelos.
Irás sorrir
de volta e beijar meu ombro desnudo da camisola.
Vou segurar
tuas mãos e te tirar da cama, fingirás resistência,
Só para
poder jogar teu corpo contra o meu, me cambaleando.
Irás para o
chuveiro cantar uma canção desafinada, sem ritmo.
Balançarei a
cabeça e pensarei feliz que esse é o meu homem.
Sentarás a
minha frente, com a toalha enrolada na tua cintura,
Cabelo
molhado a pingar na mesa e me dará uma piscada.
Serviras-me
o café e te cortarei uma fatia de bolo com glacê.
Enfiarás teu
dedo na cobertura e depois pintarás meu nariz.
Farei uma
careta de zangada e me olharás com cara inocente.
Levantarás e
lamberás o branco do meu rosto de forma marota.
Balançarei a
cabeça e pensarei feliz que esse é o meu homem.
Lavarás a
louça dançando um Ula Ula, enquanto tomo banho.
Arrumo a
cama dos nossos segredos, e tu colocas um CD na sala.
Galantemente,
vem ao quarto me buscar para a dança matinal.
Os pés
descalços, a toalha na cintura, o peito nu, como resistir?
Colados um
ao outro, a música suave e o doce balançar da pele,
Faz-nos
sentir únicos em todo o universo e único somos, para nós.
Balançarei a
cabeça e pensarei feliz que esse é o meu homem.
Ao fim da
música, farás uma reverência para depois me beijar.
Sairás
sorrateiramente e voltarás vestido, penteado e sorrindo.
Enquanto eu
te espero, sentada no sofá ouvindo outras músicas.
Pegaras-me
pelas mãos e de mãos dadas, iremos andar pela praia.
Vez por
outra, me puxarás contra ti, só para sentir meus lábios.
Balançarei a
cabeça e pensarei feliz que esse é o meu homem.