domingo, 28 de maio de 2017

Além de tu



Eu queria ter a certeza escondida em teu olhar. Queria esquecer do tempo, dos dias e das noites. Queria te ter junto a mim. Eu queria passar a eternidade enlaçada nos teus braços e cantar as alegrias na mais bonita canção. Eu queria ser águia e falcão, ser lua e sol, ser a paz que habita teu peito. Eu queria um resto de suspiro, no afago que acalma a alma. Eu queria mais uma vez não ser o vazio. Não ser morte enquanto vida. Não ser dor que rodeia o espinho. Não padecer de desmerecimento. Eu queria mais do que respiro e mais do que o refúgio que esconde a calma. Eu queria querer o que não quero. Eu queria ser o que não sou. Eu queria poder o que não posso... E assim, no labirinto de palavras soltas, nada quero, além de tu...

terça-feira, 9 de maio de 2017

Antes do nascer do Sol

A procura constante de quem não está lá.
Um sentimento de vazio, enquanto conto as horas para te ver novamente.
Talvez não faça sentido me sentir tão perdida
Afundada em um universo de possibilidades
Escutando o tique e taque do relógio
Enquanto o tempo não se preenche.
Quisera eu estar perto de ti
Apoiada em seu peito enquanto lentamente dormias
Ou quisera eu segurar a sua mão sempre que você chamar meu nome.
É um misto de querer bem e pertencimento
Que palavras jamais fariam sentido algum
Quando lamento a sua ausência.
Meu corpo treme e minhas mãos suam
E já não consigo lidar com a razão que é te perder,
Lentamente...
Meus pensamentos pairam em um lugar qualquer
Onde nossos olhares se encontram uma última vez
Antes do nascer do Sol
Antes do fim da vida.
E assim,
Brincando de driblar o acaso
Neste sonho bom
Nossas bocas se beijam por um único instante.
Aquele doloroso momento do Adeus.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Coxia


Existe tanta coisa boa espalhada nas ruas da cidade, que sofrer deixou de ser uma opção. A vida é curta e bela demais e existem muitos encantamentos escondidos por aí, atrás da cortina de fumaça. Se por deveras chorei, aprendi o caminho do perdão. Se briguei, aprendi o caminho do autoconhecimento. E assim, brincando de contar histórias, nas folhas simples do papel repleto de vida, dei meu último Adeus. Disse até logo para o acaso e apertei as mãos da sabedoria. Logo eu que jamais quis aprender a dançar, peguei-me ensaiando passos no espelho de tão perfeita melodia. A vida me ensinou a ser forte. Mas me ensinou, sobretudo, a brincar comigo mesmo nos intervalos deste grande show.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Tua maldade


É tanta maldade que habita teu peito que o orgulho de ser tua de outrora já não existe mais. Tua feição vazia, quase sem vida, meticulosamente arma tudo para te tornares a vítima da situação. Ontem foi meu aniversário! Para todos um texto lindo onde ressaltas o teu amor por mim, mas para mim, mais um pouco de nada, tudo aquilo que tens para oferecer. A disputa para te mostrar que talvez eu também mereça o mesmo tratamento que a primogênita, perdeu a graça e o sentido, enquanto me embebedo nesta lucidez. Já não tenho mais nada a te dizer enquanto lembro que tu não tiveste nada a me dizer. Sem telefonemas ou lembranças, além dos versos bonitos postados para todos verem. Assim poderias desempenhar o papel de vítima de forma exemplar. Mas a dor que dilacera meu peito já não mais existirá enquanto todo o mal que direcionas a mim ficará para sempre guardado no fundo do teu peito. O mal sempre fica com aqueles que o atrai e já não me importo mais. Ontem foi meu aniversário e você sequer ligou. Mas hoje começa o resto dos meus dias, onde não haverá mais espaço para notar se você ligou ou não. Deixaste de fazer parte dos meus dias e já não te vejo da mesma forma que outrora. O dia de ontem passou, mas será que a maldade que direcionastes a mim deixou tuas mãos? Será que o azedo de tuas ações meticulosamente armadas te fez melhor? Te fez mais forte? Observo de fora tudo aquilo que és e tens a oferecer e percebo que nada és. Além do papel de vítima que desempenhas com maestria. Tenho pena de ti...
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